gabarito dos livros
A CIDADE E AS SERRAS, de Eça de Queirós
DESAFIO-C;
1-A; 2-B; 3-D; 4-B; 5-D; 6-E; 7-A; 8-A; 9-A; 10-D; 11-E; 12-D; 13-C; 14-E; 15-B; 16-C; 17-C; 18-B; 19-E;
20 – No final do primeiro parágrafo, uma casa em reparos é comparada a um cadáver: os interiores da casa são “a ossatura, os sensíveis nervos de arame, os negros intestinos de ferro fundido”.
21 – As “geleiras” eram geladeiras, que certamente funcionavam mal. Por isso eram abandonadas, uma após outra.
22 – Numa frase “normal” escreveríamos: “fumar, pensativo, um cigarro antes do almoço”. A transposição do adjetivo, criando certa estranheza e personificando o “cigarro”, aumenta a expressividade da frase, que, de outra forma, nada teria que chamasse a atenção.
23-C; 24-A; 25-C; 26-D;
27 – A tese consiste na afirmação da cidade como espaço do homem moderno; a antítese é a negação da viabilidade desse espaço, sugerindo a realidade do campo como alternativa aos problemas da vida urbana; por fim, a síntese consiste na opção pelo campo, mas com a incorporação de instrumentos desenvolvidos pelo progresso urbano.
28-B/E; 29-E; 30-E; 31-A; 32-E; 33-E; 34-B; 35-E; 36-A; 37-A; 38-D; 39-C;
40-A (Zé Fernandes é narrador personagem secundário);
41-E; 42-B (demonstra sua indignação com a dúvida de Jacinto quanto ao cheiro de Portugal);
43-A (conativa: focada na segunda pessoa);
44-A (combinação de sentidos);
45-D (profundo é adjetivo de azul; azul é adjetivo substantivado, metáfora de céu);
46-D (“que” é complemento nominal do adjetivo “aguados”; os olhos estavam aguados – ansiosos – pelo azul profundo de Portugal).
47-D; 48-E; 49-D; 50-B (O narrador admite exagero quando maldiz a cidade, tanto quanto Jacinto quando este maldizia o campo).
51 – Zé Fernandes, por ser um típico camponês, sentiu, na cidade, “a vaga tristeza” da sua “fragilidade” e da sua “solidão”, e concluiu que certamente Jacinto, por ser um homem urbano, tivera os mesmos sentimentos de fragilidade e solidão no campo.
52 – Zé Fernandes emendou metáforas em que as mulheres parisienses lhe aparecem bonitas e bem cuidadas por fora, como túmulos; mas podres, por dentro, como defuntos.
53 – O narrador oferece ao termo “Zé Fernândico” a concepção segundo a qual uma pessoa Zé Fernândica teria os mesmos caracteres dele, o Zé Fernandes.
54 – Em Paris, o narrador não vê a fraternidade que conhece no campo: “estava ali como perdido num mundo que me não era fraternal... Se eu sentisse fome, e o confessasse, ninguém me daria metade do seu pão”.
55 – Segundo o narrador, o homem urbano é impulsionado por dois únicos objetivos: o lucro e o gozo: “os dois apetites da cidade – encher a bolsa, saciar a carne!”.
56 - Zé Fernandes, o narrador de A Cidade e as Serras, compara as mulheres parisienses a túmulos bem cuidados, bonitos por fora e podres por dentro. Já o narrador de O Cortiço, de Aluísio Azevedo, compara os moradores do cortiço a larvas, a formas embrionárias de insetos, feios ou repulsivos por dentro e por fora.
57-B; 58-D; 59-B; 60-E; 61-E; 62-B; 63-C; 64-B;
65 - Zé Fernandes, o narrador, demonstra profundo interesse pela natureza, pelo campo: “serra tão acolhedora, serra de fartura e de paz”. Reconhece a carência de conhecimentos e recursos científicos nas serras, porém faz prevalecer em si a sinceridade e o apego moral do homem do campo. Jacinto, por sua vez, jamais escondeu sua preferência pela cidade, especialmente por Paris. Defendia a tese de que somente o homem civilizado e potencializado pelos recursos tecnológicos da cidade podia alcançar a felicidade. Por isso, “A cidade e as serras” contém a cidade de Jacinto e as serras de Zé Fernandes.
66 - O narrador Zé Fernandes vê em Jacinto as ilusões de um Dom Quixote, um personagem tomado por seus ideais e por isso incapaz de enxergar as agruras e as benesses da realidade. E vê, em si, os mesmos dons do fiel escudeiro Sancho Pança: a fidelidade, a sensatez e a paciência. Jacinto vivia seduzido pela cidade, por Paris, e por isso não conseguia enxergar as virtudes do campo, tanto defendidas por Zé Fernandes.
ALGUMA POESIA, de Carlos Drummond de Andrade
1-E; 2-B; 3-A; 4-B; 5-A; 6-B; 7-D.
ANTOLOGIA POÉTICA, de Vinícius de Moraes
1-D; 2-A; 3-C; 4-A; 5-D; 6-B; 7-B; 8-A; 9-C; 10-D; 11-C; 12-A; 13-E; 14-A; 15-E; 16-A; 17-A; 18-D; 19-C; 20-B; 21-B; 22-E; 23-A; 24-B; 25-C; 26-C; 27-A; 28-B; 29-D; 30-E; 31-B; 32-14; 33-B; 34-D; 35-C; 36-E; 37-A; 38-A; 39-C; 40-D; 41-B; 42-E; 43-C; 44-E;
45 – O poeta exprime rejeição à poesia metafísica, transcendente, especialmente à poesia barroca, que foge do contato imediato com o mundo e seus problemas.
46 – “Mensagem à poesia” pertence à segunda fase da obra de Vinícius de Moraes, pois há no texto a preocupação em fazer a arte poética abandonar o mundo metafísico, improvável, e buscar o cotidiano.
47-C; 48-B; 49-A; 50-D; 51-E; 52-C; 53-B; 54-C; 55-B; 56-D; 57-B; 58-A; 59-E; 60-B; 61-E.
BAGAGEM, de Adélia Prado
1-C; 2-A (anáfora);
3-C; 4-E (adjunto adnominal);
5-E (segunda);
6-D; 7-D; 8-E (não se controla nem se manipula, deixa os fatos se sucederem);
9-B (os amantes não ficam encantados um pelo outro);
10-C (um amor que não se baseia em aparências não se importa com o envelhecimento);
11-A; 12-D; 13-D (Adélia Prado não pôs no título referência ao poema nem a si mesma; pôs e evidenciou o “amor feinho”);
14-B (adjetivo);
15-A (causa);
16-C; 17-B; 18-B; 19-E (“pedir” é verbo da terceira conjugação);
20-D (“mecânica” é adjunto adnominal; “coisa” é núcleo do predicativo do sujeito);
21-A.
BREJO DAS ALMAS, de Carlos Drummond de Andrade
1-B; 2-A; 3-A; 4-C; 5-C; 6-C; 7-B.
CAPITÃES DA AREIA, de Jorge Amado
1-B; 2-A; 3-E; 4-C; 5-D; 6-C; 7-E; 8-B; 9 – O padre José Pedro, antes de consentir, sente-se horrorizado com a decisão dos Capitães da Areia de jogar o corpo de Dora ao mar. O padre consente porque entende que velório, marcha fúnebre e sepultamento denunciariam a “casa” dos Capitães da Areia.
10-E; 11-E; 12-A; 13-A; 14-A; 15-C; 16-E; 17-C; 18-C; 19-D; 20-E; 21 – Volta Seca “foi para o seu canto”, pois Professor já estava em seu lugar, “semiadormecido”, quando Volta Seca trouxe o jornal com a notícia de Lampião. Ainda, quem “levava o jornal para cortar o retrato do grupo de Lampião” era o dono do jornal, Volta Seca, sujeito do verbo “levava”, que implica movimento.
22-C; 23-A; 24-B; 25-E; 26-B; 27-D; 28-C; 29-A; 30-E (não é causa porque manicura não existe para maltratar as mãos);
31-B; 32-A; 33-B; 34-E; 35-D; 36-D; 37-C; 38-E; 39-C; 40-D; 41-A; 42-C; 43-B; 44-B; 45-A; 46-D; 47-B; 48-D;
49-E (o núcleo é “medo”);
50-E (adjetivo);
51-E; 52-E (discurso indireto livre; narrador e personagem estão juntos na mesma fala);
53-A; 54-C; 55-A; 56-E (indeterminado);
57-B (conjunção adverbial consecutiva);
58-D; 59-C (penteador é um móvel);
60-B; 61-C; 62-E (oxítono terminado com “e”; as duas partes da palavra são consideradas separadamente);
63-D (prosopopeia ou personificação);
64-E (gerúndio);
65-B (é assindética; não tem conjunção);
66-D (a forma “gente”, que é gramaticalmente correta, pertence à linguagem coloquial, mas “gentes”, que é gramaticalmente incorreta, pertence à linguagem popular);
67-B (pronome indefinido);
68-E (objeto direto do verbo composto “tinham acumulado”);
69-C; 70-B (Sem-Pernas só “dominou a situação”, porque, além de Pedro Bala, “Professor, o Gato e João Grande também andavam por fora”);
71-C (O Juiz de Menores apoia a intensificação da campanha);
72-B; 73-C; 74- D; (“tomei” é pretérito perfeito do modo indicativo);
75-D (“o vosso brilhante vespertino” é objeto direto do verbo “Folheando”).
CONTOS, de Dalton Trevisan
1-E (O segundo verso pode significar também que ele não a ama mais);
2-C (o termo “posso” sintetiza a ideia “não tenho forças para sobreviver”);
3-E (Trata-se de uma carta em versos; de uma prosa em versos);
4-B; 5-B (preposição);
6-C (complemento nominal, porque “abraçada” é adjetivo e adjunto adnominal acompanha apenas substantivo);
7-E (faz-se necessária uma vírgula para separar o vocativo “João”);
8-A (A expressão significa que João, que estava com cara de esperto, ficou com cara de bobo);
9-D (“tipo” é substantivo);
10-D; 11-E (O trecho informa que João também fez “amorzinho” com a Maria);
12-E.
CONTOS, de Machado de Assis
1-B; 2-E; 3-A; 4-C; 5-E; 6-C; 7-F; 8-D; 9-E; 10-A; 11-B; 12-A; 13-D; 14-D; 15-E; 16-E; 17-C (“menos” é advérbio de intensidade (Cegalla), mas também é visto como pronome indefinido (Houaiss));
18-D (“de maneira” é adjunto adverbial de modo);
19-A; 20-A; 21-D; 22-B; 23-C; 24-A; 25-B; 26-D; 27-A; 28-B; 29-A; 30-A; 31-A; 32-C; 33-E; 34-E;
35-C (complemento nominal);
36-C; 37-B (adverbial de intensidade);
38-A; 39-C; 40-A; 41-B; 42-C; 43-B; 44-B; 45-B (pretérito imperfeito do modo indicativo);
46-B (verbo transitivo indireto);
47-C; 48-B; 49-B; 50-D; 51-C; 52-A; 53-C; 54-D; 55-A; 56-E (consequência).
DOM CASMURRO, de Machado de Assis
1-E; 2-B; 3-B; 4-D; 5-A; 6-A; 7-B; 8-D; 9-D; 10-D; 11-A; 12-D; 13-B; 14-D; 15-C;
16-E (refere-se a “dissimulada”);
17-B; 18-B (segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo);
19-C (é verbo de ligação);
20-A; 21-B (que entrassem crescidos e sombrios é a forma como foram enfiados nos olhos de Capitu);
22-E (é morfologicamente conjunção e sintaticamente conjunção integrante);
23-C (professores);
24-C; 25-C; 26-C; 27-B; 28-E; 29-D (objeto direto do verbo “tinha”);
30-E (Plutarco biografou Catão);
31-D (mais pessoas se matariam);
32-E; 33-B; 34-D (preposição);
35-E (metalinguístico);
36-D; 37-A; 38-E; 39-E; 40-B; 41-E (substantivo);
42-B (sujeito);
43-A; 44-B (é adjunto adnominal, porque o substantivo “trem” não é transitivo);
45-A; 46-E; 47-D; 48-D (está em sua forma culta);
49-E; 50-E; 51-A; 52-E (pronome possessivo);
53-D (sujeito elíptico);
54-E; 55-A; 56-B; 57-A (adjunto adnominal).
58-C; 59-D; 60-B (A letra E é tecnicamente correta, mas não é a leitura adequada);
61-B; 62-C; 63-A; 64-B (compõe-se apenas de discurso direto);
65-D; 66-D (adjetivo);
67-D (adjunto adverbial de modo);
IRACEMA, de José de Alencar
1-C; 2-C; 3-A; 4-C; 5-C; 6-C; 7-D; 8-B; 9-E; 10-A; 11-D; 12-D; 13-E; 14-B; 15-E; 16-B; 17-A; 18-E; 19-A; 20-D; 21-C; 22-D; 23-B; 24-E; 25-D; 26-B; 27-D.
LAÇOS DE FAMÍLIA, de Clarice Lispector
1-E; 2-C; 3-B; 4-B; 5-B; 6-C (no quinto parágrafo, há pistas de que o narrador gostaria de observar o velho por mais tempo);
7-C (“onde” é pronome relativo);
8-B (“onde” é conjunção adjetiva, mas não é adjunto adverbial, é adjunto adnominal, porque indica a possuidora da palma, a mão. O trecho “onde na palma as linhas eram cravadas com tal fatalidade” equivale a “as linhas eram cravadas na palma da mão com tal fatalidade”; “onde” equivale a “da mão”. Para ser adjunto adverbial, o significado “da mão” teria de ser o núcleo do sintagma nominal, porém o núcleo é “na palma”, pois é na palma que “as linhas eram cravadas”);
9-E; 10-B; 11-E; 12-C; 13-C; 14-B; 15-E (“todas” é pronome indefinido);
16-E (“pensativos” é predicativo do sujeito);
17-A; 18-A; 19-B; 20-C; 21-D; 22-E; 23-E; 24-B; 25-B; 26-D; 27-E (pronome pessoal reflexivo);
28-C (oração subordinada adverbial comparativa);
29-A (advérbio de modo);
30-D (objeto indireto).
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, de Manuel Antônio de Almeida
1-A (referência à boca sempre aberta de quem “vivia em contínua alegria, ria‑se de tudo, e de cada vez que se ria fazia‑o por muito tempo”).
2-A;
3 – A palavra “tudo” deve ser classificada sintaticamente como aposto, porque vem após resumindo o que foi dito nos três parágrafos anteriores. Na oração “Isto tudo vem”, “tudo” é aposto do sujeito “isto”, que também representa o que foi dito antes.
4 – O romance “Memórias de um sargento de milícias” foi escrito nos anos 1852 e 1853, e publicado em livro, em dois volumes, em 1854 e 1855. Nessa época, os romances românticos eram escritos endereçadamente para as mulheres da burguesia, porque elas constituíam a grande maioria dos leitores de romances no século dezenove, quando apenas as mulheres burguesas eram alfabetizadas e os homens geralmente não os liam porque o machismo não os permitia.
5 – “Dizem todos, e os poetas juram e tresjuram, que o verdadeiro amor é o primeiro; temos estudado a matéria, e acreditamos hoje que não há que fiar em poetas: chegamos por nossas investigações à conclusão de que o verdadeiro amor, ou são todos ou é um só, e neste caso não é o primeiro, é o último”.
6 – “Os leitores estão já curiosos por saber quem é ela, e têm razão; vamos já satisfazê‑los”.
7 – “Isto de apelidos era no tempo desta história uma coisa muito comum” e “Já naquele tempo (e dizem que é defeito do nosso) o empenho, o compadresco, eram uma mola real de todo o movimento social”.
8-B; 9-A; 10-C; 11-C; 12-B; 13-A; 14-C; 15-C; 16-E; 17-E; 18-E; 19-A; 20-D; 21-B; 22-A; 23-E; 24-C; 25-D; 26-E; 27-C; 28-B; 29-D; 30-E; 31-D; 32-C; 33-C; 34-E; 35-B; 36-E; 37-A; 38-E; 39-A; 40-B; 41-C; 42-E; 43-C; 44-A (tendo se tornado soldado);
45-A (hipérbole);
46-C; 47-C (aliteração);
48-E (caminho, estrada estreita);
49-C (o artigo indefinido “um” não permite a restrição);
50-C; 51-B (é uma referência às dores do parto);
52-C; 53-D; 54-A (substantivo);
55-E (direto);
56-B; 57-A; 58-E; 59-D; 60-C (não há artigo definido na frase; a palavra “terra” significa qualquer terra);
61-A (“sabia” está flexionado no pretérito imperfeito);
62-D (“o” é objeto direto do verbo “fez”).
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, de Machado de Assis
1-D; 2-C; 3-C; 4-D; 5-A; 6-C; 7-B; 8-E; 9-E; 10-D; 11-B; 12-A; 13-C; 14-D; 15-E; 16-D; 17-A; 18-A; 19-A; 20-B; 21-C; 22-D; 23-E; 24-D; 25-D; 26-C; 27-E; 28-B; 29-C/E; 30-D; 31-D; 32-E; 33-D; 34-B; 35-C; 36-B; 37-A; 38-C; 39-C; 40-B; 41-D; 42-C; 43-B;
44.a) Os dois personagens alegóricos são a Razão e a Sandice.
44.b) A Razão volta para o cérebro do narrador e convida a Sandice a se retirar. A Sandice pede para ficar mais alguns minutos, argumenta que pretende esclarecer o mistério da vida e da morte. A Razão não permite. Entende que é estratégia da Sandice: ficar alguns minutos, depois mais alguns, e depois outros, com o objetivo de se instalar definitivamente e se espalhar por todo o cérebro. Então, a Razão arrasta forçosamente a Sandice para fora.
45-E; 46-E; 47-C ("ocorre" é verbo transitivo indireto);
48-D ("um" é numeral);
49-E; 50-D; 51-D; 52-D; 53-A (convém aos grandes filósofos conter a alegria a fim de não demonstrar futilidade ou leviandade);
54-E [No segundo período temos narração e descrição, porém o trecho narrativo (“interrompeu-me Quincas Borba”) é preponderante ao trecho descritivo (“com um gesto de indignação”), porque o trecho descritivo não é fundamental, apenas dá a circunstância do fato];
55-B; 56-A; 57-B (metonímia, a figura de linguagem da parte pelo todo; note que o grifo está na palavra “tribuna”);
58-E (artigo indefinido);
59-C (“cumpria-me” é oração subordinada substantiva objetiva direta da oração “Disse-me ele”, pois ele também me disse que me cabia abrir um jornal; “cumpria-me” também é oração principal das orações “abrir um jornal” e “se me fechavam a tribuna” – oração subordinada adverbial de condição);
60-B; 61-E; 62-C; 63-C; 64-B (“gente” é substantivo);
65-B (“a tristeza inconsolável dos” é sujeito do verbo “vem”);
66-C (“fingindo ler” não é locução verbal, são duas orações, porque indicam ações distintas: fingir e ler);
67-B (É comum).
O CORTIÇO, de Aluísio Azevedo
1 – O caso do Miranda, marido de Dona Estela, é exemplo da predominância dos rigores sociais. Depois de flagrar a esposa em adultério, quer matá-los, a esposa e o amante, mas se contém para não perder as vantagens econômicas provenientes do dote de Dona Estela (“uns oitenta contos em prédios e ações da divida publica”) e os clientes que certamente desapareceriam no caso de um “escândalo doméstico”. Ao contrário, o marido de Madame de Oriol não se contém, opta pela separação e pelo escândalo, sua indignação prevalece sobre as prováveis decorrências da avaliação social.
2 – Nos dois casos, não existem convicções intelectuais que limitem o comportamento sexual. Tanto Madame de Oriol quanto Dona Estela, elas não conseguem conter seus impulsos; agem como fêmeas que, no cio, se entregam a qualquer macho fenotipicamente interessante.
3 – Miranda e Sr. de Oriol são personagens tipicamente representantes dos ideais realistas: não se deixam levar pelos sentimentos. As conveniências sociais e econômicas são postas acima de sentimentos como o ciúme, a indignação ou o ódio. O Sr. de Oriol e Miranda pertencem a obras escritas e publicadas no período realista português (“A cidade e as serras”) e brasileiro (“O Cortiço”). Personagens românticos, sim, movidos por sentimentos, não conseguem “demonstrar pequena preocupação com o adultério”, aliás, para os personagens tipicamente românticos, o adultério é a transgressão mais ofensiva aos interesses românticos, porque fere o ideal do amor puro e inegociável.
4-B; 5-D; 6-D; 7-C; 8-D; 9-E (“das suas desventuras” é complemento nominal);
10-E; 11-D (“trintona” significa que uma pessoa tem mais de trinta anos e menos de quarenta);
12-D; 13-B; 14-D; 15-B; 16-B; 17-D; 18-D; 19-A; 20-B; 21-D; 22-E; 23-D; 24-C; 25-B; 26-B; 27-E; 28-A; 29-C; 30-D; 31-D; 32-B; 33-F-I; 34-A; 35-D; 36-A; 37-D; 38-D; 39-B; 40-C; 41-C; 42-D; 43-B; 44-E; 45-B; 46-A; 47-A; 48-A; 49-C; 50-B; 51-C; 52-D; 53-A; 54-E; 55-E; 56-B; 57-B; 58-A (de tempo); 59-D (Rita não desprezou o desejo do português nem caiu entontecida; Jerônimo não se atreveu a beijá-la nem recebeu uma bofetada na face);
60-B (é uma referência ao fato de viverem como amantes);
61-C; 62-D; 63-A; 64-A (pronome pessoal oblíquo, equivale a ela, a trouxa);
65-A (objeto direto do verbo arrancar);
66-D; 67-A; 68-B; 69-D (“estroina” é adjetivo);
70-E (“uma folha de papel” é objeto direto.).
SENTIMENTO DO MUNDO, de Carlos Drummond de Andrade
1-C; 2-D; 3-B; 4-E; 5-B; 6-D; 7-B (O verbo “dinamitar” está usado metaforicamente em lugar de “desarticular urgentemente” o centro mundial do capitalismo);
8-A; 9-A; 10-B; 11-E (a decadência de São Cristóvão e a ascensão de Copacabana);
12-C (depois da monarquia, no século 20);
13-B; 14-A; 15-E; 16-B; 17-E (é sujeito do verbo “esqueciam”);
18-A (A palavra “noite” é recorrente na poesia de Drummond, metaforizando a obscuridade da natureza humana);
19-E; 20-E; 21-E; 22-A (advérbio de lugar);
23-B (complemento nominal, porque adjunto adnominal acompanha apenas substantivo, e atrás é advérbio);
24-C (substantivo);
25-D (restritiva);
26-C (na primeira estrofe, o interlocutor do eu lírico é Cândido Portinari);
27-B (o eu lírico cria o termo “antemanhã” para se referir a uma manhã posterior à noite; ao instante em que já não é mais noite, porém ainda não é manhã);
28-B; 29-E; 30-D (é pronome relativo, verbo da segunda conjugação e oração subordinada adjetiva restritiva);
31-B; 32-B; 33-B (o eu lírico num dos últimos andares, pois “um salto, e seria a morte”);
34-B (“treva” é usada conotativamente e “noite” está empregada denotativamente);
35-A; 36-A; 37-B; 38-A; 39-A; 40-A; 41-B (comparativa);
42-C (oração coordenada sindética adversativa);
43-A (“e logo se cala” é oração coordenada sindética adversativa, porque contraria a expectativa da oração à qual está anexada).
44-B (é uma descrição do “aéreo objeto”);
45-C (o primeiro é uma constatação; o segundo, um lamento);
46-C; 47-D; 48-B (adjunto adnominal);
49-D; 50-A (adjetivo);
51-A (o período é composto por coordenação, porque as duas orações são coordenadas, independentes, apresentam-se com sentidos completos).
TIL, de José de Alencar
1 – Trata-se de uma recusa moral porque diz respeito apenas a um valor que ele mesmo estabelecera para si mesmo. Se fosse um valor exigido por outros indivíduos em seus relacionamentos, seria uma recusa ética. E se fosse um valor cobrado pelo Estado, seria uma recusa legal.
2 – O livro “Til” foi publicado por José de Alencar em 1871, numa época em que predominava a escola romântica e ainda dentro do período escravista, já que a abolição dos escravos aconteceu oficialmente apenas 1888.
3 – A expressão “na manhã em que estamos” nos remete ao tempo da narrativa, quando acontecem os fatos narrados. O tempo do autor se refere ao período em que José de Alencar escreveu o romance; o tempo do leitor se caracteriza nos momentos em que se lê o romance; e o tempo do narrador é o mesmo do autor, mesmo que não sejam o mesmo sujeito.
4 – O narrador se refere à oferta de Jão Fera ao fazendeiro Aguiar através de Chico. Oferece sua presença na Fazenda do Aguiar em troca de 50 mil réis que seriam trazidos por Tinguá. Com esse dinheiro, queria se livrar do compromisso, com Barroso, de matar Luís Galvão.
5 – Para chamar Chico Tinguá, Jão Fera enxotava o bacorinho. Quando o porquinho chegava à venda, Chico sabia que Jão Fera o esperava no mato.
6 – O narrador quis comunicar que Chico Tinguá se movia em direção a Jão Fera mais pelas notícias que tinha a dar que pelo chamado.
7 – Com o termo “demônio”, Chico Tinguá se refere a Pinta, um caçador de recompensas que se juntou aos homens do Aguiar.
8 – O termo “vosmecê” pode estar localizado historicamente entre “vossa mercê” e “mecê”, pois “mecê” é uma forma reduzida de “vosmecê”.
9 – Pedro Bala se interessa pelos outros coletivamente, é líder. Começa liderando os “capitães da areia” e termina organizando greves para o partido comunista. Til também se interessa pelos outros, porém, individualmente. Não se põe em organização social ou política. Abre mão de se casar com Miguel ou Afonso para cuidar de nhá Tudinha, do Jão Fera, da Zana, do Brás, da galinha sura e do burro mutilado.
10 – João Romão chegou de Portugal disposto a se enriquecer de qualquer maneira. Trabalhava de segunda a segunda, de manhã à noite, era desonesto no troco e no pagamento, e ainda roubava materiais das construções de Botafogo durante a noite. Jão Fera, apesar de matador, tinha seus princípios, por exemplos: não matava com tiro, achava covardia, enfrentava a vítima com as mãos e armas de corte; não trabalhava com enxada, porque era ferramenta de escravo, não queria ser visto como tal; cumpria seus compromissos rigorosamente. Jão Fera, portanto, ao contrário de João Romão, tinha seus escrúpulos, impunha limites morais a si mesmo.
11-A; 12-C; 13-E; 14-A; 15-D; 16-D; 17-B; 18-D; 19-A; 20-D; 21-D; 22-B; 23-C; 24-D; 25-A; 26-C; 27-B; 28-D; 29-B; 30-C; 31-D; 32-D; 33-D; 34-C; 35-C; 36-D; 37-B; 38-E; 39-A; 40-E; 41-E; 42-C; 43-C; 44-D; 45-E; 46-A; 47-E; 48-B; 49-C; 50-E; 51-B; 52-D; 53-E; 54-D; 55-B; 56-C; 57-A; 58-B; 59-B; 60-A; 61-B; 62-E; 63-D; 64-C; 65-C; 66-E; 67-B; 68-C; 69-E; 70-D ("como vergonha" é predicativo do objeto direto "o", que é pronome de "trabalho");
71-B; 72-A (carvãozinho, parte pequena de carvão; -únculo é sufixo diminutivo, como em homúnculo: homem pequeno);
73-C; 74-E (o agente da voz passiva é quem faz a ação; “Esse rapaz” sofre a ação; o agente da voz passiva está indeterminado);
75-A; 76-B; 77-E; 78-D; 79-D; 80-C;81 – A obra “Macunaíma”, de Mário de Andrade, é narrativa; mantém seu foco em apenas um núcleo narrativo; desenvolve a resolução de um problema; conta com protagonista e antagonista. Apesar desses ingredientes romanescos, a obra não respeita as leis do tempo e do espaço e, principalmente, não se atém ao encadeamento de fatos, mas ao enredamento de lendas, mitos, crendices, provérbios, costumes, tradições, alegorias, fantasias, superstições, fábulas, parábolas. Por isso, caracteriza mais uma rapsódia que um romance.
82-B (não foi Besita quem se lembrou; foi Zana);
83-B; 84-C; 85-D; 86-A; 87-C (pronome relativo);
88-E (restritiva); 89-A (predicado verbal);
90-C; 91-E; 92-C; 93-E (refere-se aos serviços de um capanga);
94-D; 95-B (“frio” é substantivo);
96-C (Jão Fera conseguiu o dinheiro com a promessa de que se entregaria à família do fazendeiro Aguiar);
97-B (adjunto adverbial de modo; pois o que importa não é “a mão”, mas o fato de estar “bamba”);
98-A.
VIDAS SECAS, de Graciliano Ramos.
1 – Jerônimo amava sua esposa, Piedade, e sua filha e viveria com elas “feliz para sempre” se não tivesse se mudado para o cortiço, bairro de Botafogo, cidade do Rio de Janeiro. Lá conheceu Rita Baiana e sua brasilidade envolvente. Abandonou esposa e filha para ficar com a amante. Fabiano, porém, não sai do sertão. Não sofre influência de outro ambiente. Começa e termina sua história com sinha Vitória e os meninos.
2-B; 3-A; 4-E; 5-C; 6-E; 7-B; 8-B; 9-A; 10-B; 11-C; 12-E; 13-C; 14-E; 15-B; 16-D; 17-A; 18-E; 19-C; 20-D; 21-A; 22-C; 23-D; 24-C; 25-A; 26-D; 27-C; 28-D; 29-B; 30-C; 31-E; 32-D; 33-B; 34-A; 35-C; 36-A; 37-D; 38-E; 39-B; 40-D; 41-A; 42-A; 43-D; 44-D; 45-C; 46-C (Fabiano se sente orgulhoso de ser homem e se mostra superior à cachorra).
47-E; 48-E; 49-E; 50-D; 51-E; 52-A; 53-A (particípio);
54-A (explicativa, porque ao “vagabundo” antecede um artigo indefinido. Se o artigo fosse definido, seria restritiva);
55-A (A sucessão de imagens era mais rápida que a capacidade de expressão dos personagens);
56-E; 57-A; 58-E; 59-E; 60-C (conjunção);
61-A (causal).
62-C; 63-C; 64-C; 65-C; 66-E; 67-B (adjetivo);
68-E (oração coordenada assindética);
69-C; 70-C; 71-E; 72-C; 73- (Comeram a tarde facilmente);
74-C (pronome relativo);
75-A (oração subordinada adjetiva explicativa);
76-E (O período é simples, porque nele há apenas uma oração).