Laços de Família

Clarice Lispector

questões

            Ele agora misturava à carne os goles de vinho na grande boca e os dentes postiços mastigavam pesados enquanto eu o espreitava em vão. Nada mais acontecia. O restaurante parecia irradiar-se com dupla força sob o tilintar dos vidros e talheres; na dura coroa brilhante da sala os murmúrios cresciam e se apaziguavam em vaga doce, a mulher do cha­péu grande sorria de olhos entrefechados, tão magra e bela, o garçom derramava com lentidão o vinho no copo. Mas eis que ele faz um gesto.
            Com a mão pesada e cabeluda, onde na palma as linhas eram cravadas com tal fatalidade, faz um gesto de pensa­mento. Diz com a mímica o mais que pode, e eu, eu não compreendo. E como se não suportasse mais – larga o garfo no prato. Desta vez foste bem agarrado, velho. Fica respirando, acabado, ruidoso. Pega então no copo de vinho e bebe de olhos fechados, em rumorosa ressurreição. Meus olhos ardem e a claridade é alta, persistente. Estou tomado pelo êxtase arfante da náusea. Tudo me parece grande e peri­goso. A mulher magra cada vez mais bela estremece séria entre as luzes.
            Ele terminou. Sua cara se esvazia de expressão. Fecha os olhos, distende os maxilares. Procuro aproveitar este mo­mento, em que ele não possui mais o próprio rosto, para ver afinal. Mas é inútil. A grande aparência que vejo é des­conhecida, majestosa, cruel e cega. O que eu quero olhar diretamente, pela força extraordinária do ancião, não existe neste instante. Ele não quer.
            Vem a sobremesa, um creme derretido, e eu me surpreendo pela decadência da escolha. Ele come devagar, tira uma colherada e espia o líquido pastoso escorrer. Ingere tudo, porém, faz uma careta e, crescido, alimentado, afasta o prato. Então, já sem fome, o grande cavalo apoia a cabe­ça na mão. O primeiro sinal mais claro aparece. O velho comedor de crianças pensa nas suas profundezas. Com pali­dez vejo-o levar o guardanapo à boca. Imagino ouvir um soluço. Ambos permanecemos em silêncio no centro do salão. Talvez ele tivesse comido depressa demais. Porque, apesar de tudo, não perdeste a fome, hein!, instigava-o eu com ironia, cólera e exaustão. Mas ele se desmoronava a olhos vistos. Os traços agora caídos e dementes, ele balan­çava a cabeça de um lado para outro, de um lado para outro sem se conter mais, com a boca apertada, os olhos cerrados, embalando-se – o patriarca estava chorando por dentro. A ira me asfixiava. Vi-o botar os óculos e ficar mais velho muitos anos. Enquanto contava o troco, batia os dentes projetando o queixo para a frente, entregando-se um ins­tante à doçura da velhice. Eu mesmo, tão atento estivera a ele, que não o vira tirar o dinheiro para pagar, nem exami­nar a conta, e não notara a volta do garçom com o troco.
            Afinal tirou os óculos, bateu os dentes, enxugou os olhos fazendo caretas inúteis e penosas. Passou a mão qua­drada pelos cabelos brancos, alisando-os com poder. Levan­tou-se segurando o bordo da mesa com as mãos vigorosas. E eis que, depois de liberto de um apoio, ele parece mais fraco, embora ainda enorme e ainda capaz de apunhalar qualquer um de nós. Sem que eu possa fazer nada, põe o chapéu acariciando a gravata ao espelho. Atravessa o aspecto luminoso do salão, desaparece.
            Mas eu sou um homem ainda.   Quando me traíram ou assassinaram, quando alguém foi embora para sempre, ou perdi o que de melhor me restava, ou quando soube que vou morrer — eu não como. Não sou ainda esta potência, esta construção, esta ruína. Empurro o prato, rejeito a carne e seu sangue.

(trecho final do conto O Jantar, de Clarice Lispector)

1. Qual das alternativas abaixo completaria a seguinte frase incorretamente? O narrador é
a) descritivo
b) masculino
c) observador
d) personagem
e) velho

2. Qual das alternativas abaixo não completaria adequadamente a seguinte frase? O narrador usa um velho de cabelos brancos e uma mulher de chapéu para ir e voltar
a) de uma vida superficial para uma história densa.
b) do pensamento para a observação.
c) de um comportamento regrado para uma vida libertina.
d) do presente para o passado.
e) de um universo masculino para um mundo feminino.

3. No terceiro parágrafo do excerto, o trecho “ele não possui mais o próprio rosto” significa que o “velho”, naquele instante,
a) disfarça suas angústias.
b) não age racionalmente.
c) inibe os próprios sentimentos.
d) não consegue se controlar.
e) perdeu sua identidade.

4. A expressão “comedor de crianças”, no quarto parágrafo do excerto, fez parte de propaganda política. Nos dois primeiros terços do século vinte, os capitalistas usavam essa expressão para se referirem aos comunistas. A esse recurso, em que trocamos o nome por uma expressão, damos o nome de
a) paradoxo
b) perífrase
c) paralelismo
d) pleonasmo
e) paronomásia

5. Qual das afirmações abaixo não se mostra coerente ao sétimo parágrafo: “Mas eu sou um homem ainda”?
a) O narrador não se julga semelhante ao velho.
b) O envelhecimento é também um processo de desumanização.
c) As pessoas se desviam de sua própria natureza enquanto envelhecem.
d) O narrador tem a convicção de que um dia será tão complexo quanto o velho.
e) O velho fez de si uma ruína.

6. A respeito do excerto acima, assinale a alternativa incorreta.
a) A frase “A ira me asfixiava”, do quarto parágrafo, nos revela que a imagem do velho provocava no narrador um ódio incompreensível.
b) O narrador se põe entre a frivolidade da mulher e a selvageria do homem.
c) No quinto parágrafo, há pistas de que o narrador não suportava mais a presença do velho.
d) As orações “eu o espreitava em vão” (primeiro parágrafo), “eu não compreendo” (segundo parágrafo) e “mas é inútil” (terceiro parágrafo) apontam para o mistério que o narrador vê no velho.
e) Os verbos flexionados no passado e no presente estabelecem dois tempos à narrativa: o tempo passado do momento em que o narrador observou o “velho” no restaurante e o tempo presente dos instantes em que o narrador escreve o conto.

7. ANÁLISE MORFOLÓGICA. “Com a mão pesada e cabeluda, onde na palma as linhas eram cravadas com tal fatalidade, faz um gesto de pensa­mento”. Identifique a alternativa incorreta.
a) “cravadas” é adjetivo.
b) “na” é contração da preposição “em” com o artigo definido “a”.
c) “onde” é advérbio de lugar.
d) “tal” é pronome demonstrativo e advérbio de intensidade.
e) “um” é artigo indefinido.

8. ANÁLISE SINTÁTICA. “Com a mão pesada e cabeluda, onde na palma as linhas eram cravadas com tal fatalidade, faz um gesto de pensa­mento”. Aponte a alternativa incorreta.
a) “com a mão pesada e cabeluda” é adjunto adverbial de instrumento.
b) “onde” é conjunção e adjunto adverbial.
c) “um gesto” é objeto direto.
d) “com tal fatalidade” é adjunto adverbial de intensidade.
e) “onde na palma” é adjunto adverbial de lugar

            Numa noite de Maio — os jacintos rígidos perto da vi­draça — a sala de jantar de uma casa estava iluminada e tranquila.
            Ao redor da mesa, por um instante imobilizados, acha­vam-se o pai, a mãe, a avó, três crianças e uma mocinha magra de dezenove anos. O sereno perfumado de São Cris­tóvão não era perigoso mas o modo como as pessoas se agrupavam no interior da casa tornava arriscado o que não fosse o seio de uma família numa noite fresca de Maio. Na­da havia de especial na reunião: acabara-se de jantar e con­versava-se ao redor da mesa, os mosquitos em torno da luz. O que tornava particularmente abastada a cena, e tão desa­brochado o rosto de cada pessoa, é que depois de muitos anos quase se apalpava afinal o progresso nessa família; pois numa noite de Maio, após o jantar, eis que as crianças têm ido diariamente à escola, o pai mantém os negócios, a mãe trabalhou durante anos nos partos e na casa, a moci­nha está se equilibrando na delicadeza de sua idade, e a avó atingiu um estado. Sem se dar conta, a família fitava a sala feliz, vigiando o raro instante de Maio e sua abundância.
            Depois cada um foi para o seu quarto. A velha esten­deu-se gemendo com benevolência. O pai e a mãe, fechadas todas as portas, deitaram-se pensativos e adormeceram. As três crianças, escolhendo as posições mais difíceis, adormeceram em três camas como em três trapézios. A mocinha, na sua camisola de algodão, abriu a janela do quarto e res­pirou todo o jardim com insatisfação e felicidade. Perturba­da pela umidade cheirosa, deitou-se prometendo-se para o dia seguinte uma atitude inteiramente nova que abalasse os jacintos e fizesse as frutas estremecerem nos ramos – no meio de sua meditação adormeceu.

(trecho inicial do conto Mistério em São Cristóvão)

9. Os trechos “por um instante imobilizados”, “tão desa­brochado o rosto de cada pessoa”, “a moci­nha está se equilibrando na delicadeza de sua idade”, “adormeceram em três camas como em três trapézios”, “res­pirou todo o jardim com insatisfação e felicidade”, “Perturbada pela umidade cheirosa” e “uma atitude inteiramente nova que abalasse os jacintos e fizesse as frutas estremecerem nos ramos” nos remetem a uma das correntes modernistas do início do século 20. Trata-se do
a) cubismo
b) dadaísmo
c) futurismo
d) impressionismo
e) surrealismo

10. O caráter nominal das frases constantes do primeiro parágrafo confere às cenas
a) dinamismo
b) estatismo
c) exatidão
d) morosidade
e) velocidade

11. Considerando o quarto período do último parágrafo – “A mocinha, na sua camisola de algodão, abriu a janela do quarto e res­pirou todo o jardim com insatisfação e felicidade” – o termo “insatisfação” pode ser substituído adequadamente por
a) aborrecimento
b) constrangimento
c) desgosto
d) contrariedade
e) insaciabilidade

12. No primeiro parágrafo do excerto, evidencia-se qual das funções da linguagem?
a) expressiva (emotiva)
b) conativa (apelativa)
c) referencial
d) metalinguística
e) poética

13. No último período do excerto, a palavra “perturbada” pode ser substituída coerentemente por
a) atordoada
b) desfalecida
c) inspirada
d) desnorteada
e) nocauteada

14. Na verificação de figuras de linguagem, encontre a exemplificação incorreta.
a) HIPÉRBOLE: “res­pirou todo o jardim com insatisfação e felicidade”.
b) COLITERAÇÃO: “A velha esten­deu-se gemendo com benevolência”.
c) METÁFORA: “depois de muitos anos quase se apalpava afinal o progresso nessa família”.
d) COMPARAÇÃO: “adormeceram em três camas como em três trapézios”.
e) SINESTESIA: “O sereno perfumado de São Cris­tóvão não era perigoso”.

15. ANÁLISE MORFOLÓGICA. “O pai e a mãe, fechadas todas as portas, deitaram-se pensativos e adormeceram”. Aponte a alternativa incorreta.
a) “adormeceram” é verbo da segunda conjugação, flexionado no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.
b) “e” (nas duas situações) é conjunção.
c) “pensativos” é adjetivo.
d) “se” é pronome pessoal reflexivo.
e) “todas” é pronome demonstrativo.

16. ANÁLISE SINTÁTICA. “O pai e a mãe, fechadas todas as portas, deitaram-se pensativos e adormeceram”. Assinale a alternativa incorreta.
a) “deitaram-se pensativos” é predicado verbonominal.
b) “e adormeceram” é oração coordenada sindética aditiva.
c) “fechadas todas as portas” é oração subordinada adverbial de tempo reduzida de particípio.
d) “O pai e a mãe deitaram-se pensativos” é oração principal e coordenada assindética.
e) “pensativos” é predicativo do objeto direto.

            Um pouco cansada, com as compras deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no bonde. Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no banco procurando conforto, num suspiro de meia satisfação.
            Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida.
            Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela. Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente artístico encaminhara-se há muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto pelo decorativo se desenvolvera e suplantara a íntima desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.
            No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha – com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e o escolhera.
            Sua precaução reduzia-se a tomar cuidado na hora perigosa da tarde, quando a casa estava vazia sem precisar mais dela, o sol alto, cada membro da família distribuído nas suas funções. Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto – ela o abafava com a mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar, cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração. De manhã acordaria aureolada pelos calmos deveres. Encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos, como se voltassem arrependidos. Quanto a ela mesma, fazia obscuramente parte das raízes negras e suaves do mundo. E alimentava anonimamente a vida. Estava bom assim. Assim ela o quisera e o escolhera.

(Trecho inicial do conto AMOR, de Clarice Lispector)

17. No trecho “Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores” – segundo parágrafo, temos a ocorrência de
a) alegoria
b) metáfora
c) metonímia
d) sinestesia
e) zeugma
 
18. No fragmento, a frase “a vida podia ser feita pela mão do homem” é exemplo ideológico e oportuno de
a) antropocentrismo.
b) feminismo.
c) machismo.
d) socialismo.
e) teocentrismo.
 
19. No início do terceiro parágrafo, os dois primeiros períodos começam com expressão “Certa hora da tarde”. Essa repetição caracteriza a figura de linguagem reconhecida pelo nome
a) aliteração.
b) anáfora.
c) antítese.
d) apóstrofe.
e) assonância.
 
20. A mesma frase – “Assim ela o quisera e o escolhera” – está no fim do quarto e do quinto parágrafos. Essa ocorrência recebe o nome
a) elipse.
b) hipérbole.
c) epístrofe.
d) homonímia.
e) eufemismo.
 
21. O termo “fazenda”, empregado no terceiro parágrafo, pode ser substituído adequadamente por
a) casa.
b) lugar.
c) mão.
d) tecido.
e) terra.
 
22. Qual das frases abaixo não representa uma informação expressa no fragmento?
a) Ana podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte, como um lavrador.
b) Como um lavrador, Ana plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.
c) A personagem se dedicava a casa, ao marido e aos filhos completamente.
d) Certa hora da tarde era mais perigosa porque nela havia menos serviços a serem prestados.
e) A protagonista gozava uma vida com que sonhara desde a infância.
 
23. A palavra “lides”, do último parágrafo, pode ser substituída adequadamente por
a) leituras.
b) olhares.
c) orações.
d) prazeres.
e) trabalhos.
 
24. Na frase “Como um lavrador” – no segundo parágrafo, temos
a) alegoria.
b) comparação.
c) metáfora.
d) paronomásia.
e) perífrase.
 
25. A respeito do fragmento do conto AMOR, de Clarice Lispector, identifique a alternativa incorreta.
a) Ana abandonara a possibilidade de uma vida original ou incomum por se sentir incapaz de alcançá-la.
b) A personagem procurava compensar a desordem de seu mundo exterior com a organização do seu mundo interior.
c) Em sua juventude, Ana não conseguia se ver como uma mulher comum, submissa a um modelo de comportamento machista.
d) O perigo referido nos trechos “Certa hora da tarde era mais perigosa” e “Sua precaução reduzia-se a tomar cuidado na hora perigosa da tarde” é a recordação de outro modelo de vida projetado pela personagem em sua juventude.
e) Para driblar o “perigo” de algumas horas da tarde, Ana saía para fazer compras ou encomendar algum conserto.
 
26. No trecho “Encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos, como se voltassem arrependidos”, do último parágrafo, o termo “arrependidos” compõe a figura de linguagem denominada
a) paradoxo
b) perífrase
c) paralelismo
d) personificação
e) paronomásia
 
27. ANÁLISE MORFOLÓGICA. “No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda”. Assinale a alternativa incorreta.
a) “ela” é sujeito elíptico do verbo “cortava”.
b) “engrossara” é verbo da primeira conjugação, flexionado na terceira pessoa do singular do pretérito mais que perfeito do indicativo.
c) “estalidos” é substantivo.
d) “mais” é advérbio de intensidade.
e) “se” – de “sentia-se” – é pronome apassivador.
 
28. ANÁLISE SINTÁTICA. “No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda”. Aponte a alternativa incorreta.
a) “como cortava blusas para os meninos” é oração subordinada adverbial de modo.
b) “de se ver” é oração subordinada substantiva predicativa do sujeito.
c) “do que nunca” é oração subordinada adverbial concessiva.
d) “no entanto” é locução conjuntiva adversativa.
e) “o modo era” é oração principal de “como cortava blusas para os meninos” e “de se ver”.
 
29. ANÁLISE MORFOLÓGICA. “No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda”. Identifique a alternativa incorreta.
a) “como” é pronome relativo.
b) “ela” é sujeito elíptico do verbo “sentia”.
c) “na” é junção da preposição “em” com artigo definido “a”.
d) “se” – de “se ver” – é pronome apassivador.
e) “um pouco” é locução adverbial de intensidade.
 
30. ANÁLISE SINTÁTICA. “No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda”. Marque a alternativa incorreta.
a) “a grande tesoura dando estalidos na fazenda” é oração subordinada adverbial de modo.
b) “e o modo era” é oração coordenada sindética aditiva de “seu corpo engrossara um pouco”.
c) “estalidos” é objeto direto.
d) “para os meninos” é complemento nominal.
e) “seu corpo engrossara um pouco” é oração subordinada substantiva apositiva.